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Escola Classe

Arquitetura

Local | Bairro Crixá, DF

Ano | 2018

Área do terreno | 8000 m²

Arquitetura | 24 7 Arquitetura

Equipe | Giuliano Pelaio, Gustavo Tenca, Inácio Cardona, Christian D’Abruzzo, Nicolas Meireles, Victor Buzim, Thaís Freitas, Aline Borba, Juliana Leanza, Gabriel Von Zuben

O Concurso

 

“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

Rubem Alves

 

O homem se encanta ao ver o voo dos pássaros não porque quer ser pássaro mas porque quer voar como ele. Para tanto, como desenhar escolas que não ensinem o vôo, mas dê aos pássaros coragem para voar? É aqui que o projeto se apresenta como ato transformado em passagem, encontro e troca. Desenho que expande os limites entre educação e escola, apostando no conceito de espaços que ampliam a relação entre edifícios e contextos, entendendo toda territorialidade como base para discussão e aprendizagem.

Segundo o arquiteto Louis Kahn, “as escolas começaram com um homem, que não sabia que era professor, discutindo suas percepções debaixo de uma árvore com uns poucos que não sabiam que eram alunos”.

Hoje, porém, o amplo sistema de educação investido em instituições, afastou-se do espírito o homem debaixo da árvore e aproximou-se ao sistema de produção em massa, esquecendo a idéia de abrigo mínimo que remete à essencialidade das coisas.

Espaço e Escola

 

Para tanto, o projeto entende “espaço” e “escola” como uma força empreendedora, seja na escala do ambiente como na escala das interações humanas. É a costura entre pertencimento e fluxo, parada e chegada, onde interior e exterior trocam constantemente de lugar. Freire nos ensina que “se estivesse claro para nós que foi aprendendo que aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos de pessoal administrativo, de pessoal docente, que se cruzam cheios de significação”. Há uma pedagogia indiscutível na materialidade do espaço.

Portanto, é necessário compreender escola como um lugar de encontro tão mental quanto físico, de onde pássaros vêm e não para onde vão. É um meio ambiente de espaços, um mundo dentro de um mundo. É um lugar de total inspiração, onde a natureza cívica da educação abraça o conceito de que aprender é sobre criar conexões, estimulando a criança a transformar seu olhar diante do espaço habitado. Um lugar que se modifica através de “uns poucos” que entram e saem dali.

 

Transição e Equilíbrio

 

Mais do que compartilhar conhecimento, espaços de educar têm como função criar oportunidades que ajudem crianças a desenvolverem sua fase transitória de vida de modo sugestivo e atrativo. Para isso, é necessário encontrar o equilíbrio no conceito de aberto e fechado, público e privado, criando espaços que respondem à necessidades comuns e individuais. Portanto, a arquitetura do edifício se molda para criar níveis variados de acessos públicos, reconhecendo a necessidade de um equipamento ponte entre educação e comunidade. A transparência dos elementos de fechamento estende o olhar do indivíduo para além ao mesmo tempo que o convida à pertencer aquele lugar de abrigo.

 

Racionalidade Estrutural

 

A partir de um átrio central, o edifício representa o conceito de arquitetura “essencial”, com estrutura modular metálica, de montagem fácil, rápida e de baixo custo. O uso de componentes pré fabricados minimiza o descarte de materiais em obra, garantindo um processo limpo e racional. Além disso, o uso da malha estrutural parcialmente preenchida permite ao edifício possíveis expansões e adaptações futuras.

Conforto Ambiental

 

Sombra, luz e ventilação são entendidas como soluções estratégicas essenciais para o conforto térmico dos ambientes. Para isso, utiliza-se do processo de adição e subtração de volumes, que garantem o respiro do edifício. Pátios jardins se mesclam à construção, aumentando espaços de sombra e a permeabilidade do solo. Utiliza-se também de uma cobertura de telha metálica com grandes beirais que, além de sombrear, garantem uma boa proteção contra a chuva, sem impedir a ventilação. A cobertura ganha movimento ao se afastar da laje, permitindo que o ar quente proveniente da incidência nos planos da cobertura seja constantemente renovado, garantindo um maior conforto térmico para os ambientes. Brises em chapa metálica perfurada ao redor do edifício, não só filtram a intensidade dos raios solares para dentro dos espaços, mas também amenizam a velocidade do ar no interior da unidade. Toda a estrutura e cobertura são revestidas com pintura branca, a fim de refletir a radiação e reduzir a absorção de calor.

 

Comunidade de Aprendizado

 

Estabelecendo um paralelo com o “homem debaixo da árvore” de Louis Kahn, pequenas “comunidades de aprendizado” se espalham pelo átrio central, estabelecendo uma conexão direta entre pátios jardins – entendidos como espaços ao ar livre – e pátios cobertos, tratados como uma extensão das salas de aula. Espaços de acolhimento fortalecem a interação entre aluno e professor, do mesmo modo que incentivam a autoconfiança de cada indivíduo, enquanto grandes pátios encorajam atividades em grupo e eventos públicos. Além disso, é essencial para uma escola estabelecer uma clara conexão visual a fim de criar um ambiente comunicativo. Para isso, acessos e programas são identificados através de cores e símbolos, sempre à altura dos olhos da criança, auxiliando a orientação e memória visuo-espacial.